Não sei você, mas eu não tenho sorte com empregadas domésticas. Ou, como queira, na onda do politicamente correto... trabalhadoras do lar, diaristas. A dificuldade começa na confiança, afinal, deixar alguém dentro da sua casa, sozinho, por oito horas, não é tarefa fácil. Mas eis que surge uma, a pessoa perfeita, de confiança. Daí, ela chega atrasada no primeiro dia (dando o tom se como será), e não raras às vezes vai embora mais cedo. Você pensa: tudo bem, mas é de confiança. Chega um dia ela falta, começa a quebrar coisas com certa frequência. A paciência vai esgotando e você desiste dela na esperança de que existam mais seres de confiança neste mundo descrente. Entre acertos, claro, há os erros. Você vê a aparência e pensa que a pessoinha que está na sua frente é um ANJO. É o famoso...por fora, bela viola; por dentro pão bolorento. Quanta dificuldade. E elas não param por aí. Tem a que é de super confiança, mas não consegue fazer o trabalho direito. As camisas, bom, a vaca, lambendo, faz serviço melhor. Tem as que dão aquela passada de pano, quase seco (Ok, exagero meu!), e ‘simbora’ pra casa. Tem a que pede dinheiro adiantado, sempre. E as que, aff, levam filhos menores a tiracolo. Claro tem as que são um mistura de tudo isso. A saga não tem fim. E, eu, continuo procurando uma diarista. Não que seja perfeita. Mas que entenda e saiba que mesmo nesta profissão, exercida geralmente por quem não tem qualificação, deve-se ser altamente qualificada.