Grande é o número de pessoas que encontram títulos para se dizerem homens de Deus, usam os altares para pregarem, por vezes até boas palavras e outras não. Cantores que se aproveitam dos evangélicos para venderem seus cds, e agora mais estes tentando arrecadar...'DIREITOS AUTORAIS ARRECADATÓRIOS!'
CCLI: Pagamento de Direitos Autorais para musicas tocadas em igrejas gera polêmicas
O pagamento de direitos autorais para músicos
e compositores cristãos que tem suas obras reproduzidas dentro de
igrejas causou polêmica na tarde dessa quarta feira na internet. A
polêmica surgiu em torno da atuação da CCLI (Christian Copyright Licencing, Inc),
entidade que trabalha com o licenciamento de direitos autorais
relacionados com igrejas e músicos cristãos, e teve sua legitimidade
enquanto ministério cristão questionada por pastores e outros cristão na
tarde de hoje.
Apesar de a CCLI já atuar no Brasil desde 2008,
os questionamentos em torno de seu trabalho tomaram grandes proporções
hoje depois que o bispo Walter McAlister, líder da Aliança das Igrejas
Cristãs Nova Vida, trouxe a público seu descontentamento com uma carta
da entidade que sua igreja recebeu alertando sobre a sua regularização
quanto ao pagamento de direitos autorais, que deveria ser feito através
da entidade.
- Soube hoje que as Igrejas
Cristãs Nova Vida, da qual sou o Bispo Primaz, foram notificadas de que
teriam de pagar direitos autorais pela execução de músicas de “louvor”
nos seus cultos. Cada uma de nossas igrejas ficaria, assim, responsável
por declarar o número de membros e a frequência aos seus cultos, para
que fosse avaliado o imposto a ser pago ao Christian Copyright Licensing
International (CCLI) – informou McAlister em um artigo em seu blog,
no qual segue questionando o porquê de tal cobrança dentro das igrejas,
visto não se tratar de organizações com fins lucrativos.
McAlister publicou também em sua página no Facebook uma cópia da carta recebida da CCLI,
que informa que os valores a serem pagos pela entidade devem ser
calculados pelo número de pessoas presentes regularmente no culto das
igrejas.
- Igreja é um empreendimento com
fins lucrativos? Não – segundo a definição do próprio Estado brasileiro.
Ela goza de certos privilégios, na compreensão de que a sua atividade é
religiosa, devota e piedosa e, sendo assim, sem fins lucrativos. Que
muitos “lucram” em nome da Igreja ninguém duvida. Mas, em termos
estritamente definidos pela legislação, não é um empreendimento que
tenha como finalidade o lucro – afirma o bispo.
O assunto foi bastante discutido ao longo da tarde nas redes sociais, e foi comentado também pelo pastor Renato Vargens, que afirmou em seu site: – O simples fato de saber que existe gente querendo enriquecer às custas do louvor na casa de Deus me dá náuseas.
A maioria dos que comentaram o assunto no Twitter e
Facebook se posicionaram contra a cobrança, e ressaltaram o fato de
grandes nomes da música gospel estarem relacionados entre os artistas
vinculados à CCLI. Muitos compararam ainda a entidade ao ECAD
(Escritório Central de Arrecadação e Distribuição), entidade responsável
pela arrecadação e distribuição de direitos autorais decorrentes da
execução pública de obras musicais no Brasil.
Em seu site a CCLI afirma não ter vínculos
com o ECAD e afirma que seu trabalho tem um foco diferente do de tal
entidade, e explica ser um facilitador para que as igrejas obtenham de
maneira mais fácil a autorização para reproduzir qualquer música em seus
cultos, eliminando a necessidade de autorizações individuais de cada
artista, e ajudando as igrejas a se “livrarem da pirataria” por
ajuda-las a executar as músicas de maneira legal.
A polêmica em torno do tema levantou
também questionamentos sobre a qualidade da música gospel atual, e
muitos afirmaram que essa cobrança seria uma oportunidade para as
igrejas voltarem a utilizar hinos tradicionais, como os presentes na
Harpa Cristã.
- Louvar a Deus é uma atividade
que gera rentabilidade? Também não. Quando cantamos ao Senhor, estamos
nos expressando a Deus em sacrifício santo e agradável a Ele (se bem que
não caem nesta categoria muitas das músicas que doravante serão objeto
de taxação, por decreto-lei) – questionou o bispo, que afirmou ainda:
– Não há um centavo a mais caindo nas salvas porque cantamos uma música
de uma dessas cantoras gospel da moda em vez de Castelo Forte. É
possível fazer um culto fundamentado apenas nas músicas riquíssimas do
Cantor Cristão e da Harpa Cristã.
Fonte: Gospel +
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